15/06/2018 às 18:43 PARA NOIVAS

COMO NOS SENTIMOS AO CASAR | NO APÊ | Por Thiago Sebben

3954
4min de leitura

A minha parte era fácil. 

Eu só precisava buscar meus tios e primos no aeroporto de Porto Alegre na quarta-feira, aguardar a prova (secreta) do vestido dela na quinta-feira, sobreviver à sexta-feira, uma curta viagem para buscar as coisas de manhã, uma cerveja de tarde e aguardar ela entrar pela porta do apartamento dos meus pais na noite do sábado.

Tudo sob controle, não havia razão para nervosismo.

A quarta-feira correu como planejado. Trabalhei normalmente, no final da tarde peguei o carro e sem pressa fui buscar o pessoal que vinha de Perdões - MG para um feriado de festejos. Tínhamos o aniversário de um ano do meu primo na sexta-feira 21/04, os 50 anos de casados dos meus avós no meio dia do sábado 22/04 e o sereno noivo aqui aguardando ela entrar por aquela porta ainda naquele dia.

Na quinta-feira já acordei um pouco mais esperto. Peraí, tá acontecendo mesmo! As brincadeiras da parentada, os sorrisos bobos de quem olhava pra mim. Comecei a ficar um pouco nervoso. A noite tivemos a prova do vestido. Fomos, eu e ela, até Serafina Corrêa. Ela entrou na casa da estilista e eu fiquei no carro, escutando um jogo do Grêmio. 4x0. Opa! Bom presságio, eihn?!

Eu tinha um jogo de futebol com a família mais tarde, teria uma hora para relaxar e tirar um pouco aquela porta da cabeça. Foi a primeira vez que joguei futebol pensando em outra coisa, numa porta para ser mais exato. Aí percebi que talvez eu fosse ficar nervoso no sábado.

Na sexta-feira já acordei todo errado. Fomos na festa de um ano do Luca. Conversei com muita gente, tomei uma cerveja, não prestava atenção em nada, estava aéreo. Mais tarde começamos os preparativos do casamento.

Seria uma cerimônia intimista na sala do apartamento dos meus pais. Salgados e doces especiais, espumantes, umas geladas, um violão e as nossas queridas famílias comemorando a oficialização do óbvio: Eu, ela, a nossa história e o resto dos nossos dias.

Eu não prestava muita atenção nas instruções da Sara: - Leva a mesa lá...coloca a cristaleira aqui...puxa o tapete pra lá... Ei! Tu está me escutando?!

- É claro, linda! A porta da sala!Não saía da minha cabeça.O momento que ela apareceria ali, escoltada pelo meu sogro, segura, serena e nem um pouco nervosa. Ela não parece nervosa. Como é possível? Eu tô nervoso!Toda a família ajudou a carregar alguns móveis para deixar a sala dos meus pais do jeito que a Sara queria.

Sábado, 22/04/2017 - 06:00.

Eis que acordam os noivos, não sabia ela, mas eu estava desnorteado. Jamais falaria à ela, hoje penso que quando nos olhávamos estávamos tentando ler o outro, buscando tranquilidade. Quando ela errou o endereço no GPS eu vi que não estava sozinho. Haha! Ela também pensava na porta.

Fomos a Lajeado buscar doces, flores e mais objetos decorativos. O dia estava ensolarado, céu azul, tudo no lugar.

A tarde ela terminou de decorar o ambiente, ficou tudo sensacional. Intimista, aconchegante, bem como a gente queria. Ela é uma artista!

Depois ela foi para a casa da mãe se preparar e eu fiquei em casa sozinho.

Aí o bicho pegou! Uma Heineken olhando para fora...no silêncio. Uma sensação diferente de todas as conhecidas. Eu refletia: era estranho eu sentir nervosismo, era só uma porta. conferi os votos no bolso do paletó. Faltavam 2 horas para a cerimônia e eu estava pronto. De terno, sozinho, de pé, cerveja na mão. Quando percebi isso comecei a rir.

Como será que ela está?Decidi cruzar a porta. Entrei na sala do apartamento dos meus pais, ainda sozinho. Aquela seria uma das grandes noites da minha vida. Lembraria dela para sempre.

O pessoal começou a chegar, a porta abria e fechava seguidamente. Cada vez eu olhava de canto de olho. Ela brincava comigo, a maçaneta acenava como se estivesse rindo.

Decidi não olhar mais, e então chegou o Pedro. Lindo, na beca, pronto para carregar as alianças. Ele olhou para mim faceiro e foi com os avós aguardar enquanto eu ficava de pé encarando a porta. Mas ela não abria, me desafiava e caçoava da minha espera.

Por ali passaria o meu futuro, e que belo futuro! Ela estaria linda! De vestido branco, de peito aberto e um sorriso nada nervoso. Ou não, pela demora provavelmente ela havia errado endereço no GPS novamente.

Nicole inicia o protocolo...toca All of Me do John Legend...a porta se abre...

Lá está ela: a noiva mais linda, a minha vida, a mãe do meu filho, a melhor decoradora. Ela, um vestido branco, um batom vermelho, um bonito buquê e um dedo sem aliança. O Pedro resolveria esse problema para mim.

Ela caminhava e eu acompanhava. Não havia hesitação nos seus passos. Ela diria sim! (eu sabia que sim, mas precisava comprovar).

E eu pensei tanta coisa para falar pra ela enquanto cumprimentava o seu pai, e eu queria dizer tanto e o que saiu foi:- "Oi."

Sério Thiago?! "Oi?! Como assim?! Eu falava comigo mesmo.

O olhar dela compreendeu.. era o que dava...e o meu nervosismo sumiu.

Foi como ela sempre faz...me acalma...me segura e me completa.

por Thiago Sebben

_____

Gostou? Comente abaixo!

E para ver esse casamento completo,

CLIQUE AQUI!

15 Jun 2018

COMO NOS SENTIMOS AO CASAR | NO APÊ | Por Thiago Sebben

Comentar
Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Copiar URL

Tags

bastian bastian fotógrafo casamento em guaporé casamento no apartamento depoimento de noivos dicas para noivas fotografia de casamento fotógrafo de casamento guaporé fotógrafo de casamento rio grande do sul fotos de casamento fotos de casamento em apartamento guaporé guilherme bastian guilherme bastian fotógrafo

Quem viu também curtiu

13 de Mai de 2017

FOTOS PREMIADAS

04 de Jun de 2018

COMO NOS SENTIMOS AO CASAR | AO AR LIVRE | Por Carina Pelegrini

18 de Abr de 2018

COMO NOS SENTIMOS AO CASAR | AO AR LIVRE | por Roberta Baldissera